Filipe Serrano
“Mídia no Brasil é sinônimo de controle.” A crítica ácida vem do jovem documentarista Daniel Florêncio, de 27 anos, e reflete uma experiência vivida por quem trabalha com a produção audiovisual. Mas a barreira começa a mudar com as portas abertas por sites de vídeos que até chegam a remunerar os filmes mais acessados.Formado em Rádio e TV no Brasil, Daniel encontrou seu espaço depois de ter feito mestrado no Reino Unido. Seu documentário A Brazilian Immigrant - “que trata da maneira com que os brasileiros são vistos e recebidos por oficiais de imigração ingleses”, segundo ele mesmo - chegou a participar de festivais de curtas na Europa. Com a notoriedade, Daniel foi convidado a produzir os primeiros vídeos para a filial inglesa da emissora americana Current TV.A proposta da Current é ter um terço da programação feita por usuários. Aspessoas enviam vídeos para o site www.current.tv e os mais votados vão ao ar, na TV. Os selecionados ainda recebem uma bolada de US$ 500. “O objetivo é democratizar a televisão ao dar o poder de criação aos jovens adultos entre 18 e 34 anos”, diz a assessoria da emissora.Para Daniel, o modelo é libertador e democrático. “A produção gerada pelo usuário não veio pra substituir a o trabalho profissional. Veio para acrescentar. Traz novas perspectivas, novas abordagens e novas estéticas”, afirma. (...)
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