sábado, 8 de setembro de 2007

Desvendando os mistérios da TV 2.0


Quem me conhece sabe que sou uma pessoa apaixonada por filmes. E o meu mais novo “amor” é o seriado Lost. Sei que vocês podem falar que é uma invenção norte-americana, um subproduto etc, etc, etc, mas eu não me importo. Gosto desse universo fantasioso hollywoodiano e que sempre engloba uma lição de moral no fim, não estou sendo enganada. Afinal, assuntos à parte, quem não adoraria ficar perdida em uma ilha com um médico lindo, bom-moço e sempre disposto a salvar a todos como o personagem herói Jack? Enfrentar os “Outros” – estranhos habitantes da ilha – não seria uma tarefa difícil.
Deixando os suspiros e reflexões pessoais de lado, o que me chamou a atenção foi durante a pesquisa para a apresentação do seminário da disciplina Mídia e Poder do professor Dimas sobre o tema TV 2.0 me deparei com a matéria da revista Superinteressante com o tema: Lost e o fim da TV. Para quem não sabe, na TV 2.0 você faz o seu próprio programa, sem ser necessário muito recurso – basta apenas uma simples câmera e criatividade. Outra característica é que nesse tipo de TV qualquer um é capaz de montar sua própria programação, para assistir a qualquer hora e até mesmo participar do seu seriado favorito.
Segundo a reportagem, o seriado Lost tem os elementos que poderão destruir a televisão que conhecemos. “Lost funciona como um jogo, elaborado com uma riqueza de detalhes que na cabe só na televisão. O espectador assiste à série como quem joga a um videogame. Ele ganha mais poder, armas e informações à medida que avança”, diz o autor do livro Desvendado os Mistérios de Lost, David Lavery. Para ele, a experiência de acompanhar o seriado, não termina quando um episódio acaba, instantaneamente milhares de sites e blogs são criados para tentar desvendar o mistério da ilha. Muitas informações sobre a série estão na Internet e não nos episódios. “A Internet mudou o jeito como vemos TV”, conta J.J Abrams, um dos criadores da série.
Acostumamos a acompanhar os seriados sem ter uma emissora transmitindo. Esperar os canais transmitirem os seriados com quase seis meses de atraso em relação aos Estados Unidos ou outros países e ficar desatualizado em relação à série faz parte do passado. Hoje em dia é só baixar num site e pronto, você está por dentro do que está acontecendo. “A televisão como a gente conhece, aquela que domingo é dia de Fantástico e que a novela das 8 começa religiosamente às 9, está dando os seus últimos suspiros” comentário de Tiago Cordeiro, redator da matéria para a revista Superinteressante.

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