O diretor brasileiro de origem argentina Hector Babenco, 61, disse nesta terça-feira (9) no México, durante a apresentação de seu filme "O passado", que há algum tempo renunciou à interpretação "da crueldade do cotidiano da América Latina" nos seus filmes, optando por ser mais poético.
"Eu já estou cansado de querer descobrir um pouco em meu cinema a verdadeira identidade das pessoas que realmente padecem com a injustiça social, agora estou muito mais interessado (...) em ser um pouco mais poético, um pouco mais leve, mais próximo do meu sentir do que do meu pensar", apontou o diretor em uma entrevista coletiva.
Ao apresentar no México seu mais recente filme, "O Passado", protagonizado pelo mexicano Gael García Bernal, Babenco acrescentou que apesar de ser "impossível abstrair a crueldade do cotidiano da América Latina", prefere "ser menos pretensioso" em seus filmes.
"Estou um pouco mais preocupado em me tornar um ser menos pretensioso", enfatizou o diretor de "O Beijo da Mulher Aranha" e "Carandiru".
"Estou um pouco mais preocupado em me tornar um ser menos pretensioso", enfatizou o diretor de "O Beijo da Mulher Aranha" e "Carandiru".
Babenco lembrou que sua geração "ia buscar a resposta nos livros", e agora, com o poder da televisão, afirmou não saber se há perguntas.
"Vivemos a velocidade sem sentido, não interessa à maioria fazer perguntas básicas da existência: Quem sou? De onde venho? Deus existe?".
O filme "O Passado", que estreou nesta terça-feira na Cinemateca Nacional da Cidade do México, narra a separação de um jovem casal e as dificuldades que os dois enfrentam quando tentam refazer suas vidas.
fonte: Folha UOL
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