Fonte: blog do Jamildo
Rodrigo Pimentel, o roteirista do filme Tropa de Elite, que veio ao Estado a convite do site PE Body Count, revelou, nesta tarde, em entrevista no Sindicato dos Médicos, que vários estudantes, em debates nas universidades do Rio de Janeiro, já avisaram que deixaram de fumar maconha depois que assistiram ao filme.
“Eles compram lá na favela porque não podem comprar em outro lugar”, observou, em fazer a defesa da discriminalização das drogas. Pimentel também disse que nunca usou maconha ou outras drogas.
Na entrevista, também fez uma mea culpa em relação aos estudantes universitários. No filme, estudantes da elite carioca usam e fazem tráfico de drogas, usando uma ONG como pano de fundo.
“Depois que o filme ficou pronto, achei que coloquei nos ombros dos estudantes a culpa, mas não é verdade. Há a polícia corrupta. Há os políticos corruptos, toda uma sociedade. Fiz o mesmo que os secretários de segurança pública do Rio de Janeiro fizeram nos últimos 20 anos”, observou.
Apesar de defender os dependentes ou usuários eventuais, Pimentel faz um chamamento aos usuários em geral de drogas. “As pessoas precisam pensar em que país elas querem viver. Eu, comprando maconha, estou colaborando com o pais?”, questionou. “A maconha é o primeiro produto do narco-varejo”, diz.
Atualmente, o Rio de Janeiro é tão dependente da venda de drogas que o ex-capitão do Bope frisa que, na cidade maravilhosa, não há assaltos a banco, nem sequestro, nem roubo de cargas. “Se a indústria das drogas acabar, o Rio de Janeiro vai desmantelar-se”, declarou.
“Vocês não tem idéia. Os donos dos morros já expandiram os negócios e sobrevivem da oferta de net (TV por cabo pirata), vans e venda de botijão de gás com ágio”, diz.
Mais, daqui a pouco.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário