domingo, 28 de outubro de 2007
Blog é coisa série
O blog é diferente de um website tradicional. Ele não tem a seriedade de um site, que geralmente foi criado para algum fim específico, seja para divulgação, transação comercial, institucional etc.
Não se sabe exatamente quando os blogs deixaram de ser considerados “mais uma futilidade dos tempos modernos” para serem uma eficiente ferramenta de informação. Não há registro da data exata de quando esses diários pessoais surgiram, mas especula-se que o primeiro endereço na Internet com conteúdo similar aos webblogs que conhecemos hoje apareceu em 1983.
Essa página não era uma versão online do diário de seu criador, Brian E. Redman, mas sim um espaço na rede para ele, juntamente com outros amigos, postarem links que levavam a outros sites
Do diário a teses acadêmicas
Entre os anos de 1994 a 2001, os blogs eram basicamente páginas pessoais sem nenhum compromisso de conteúdo. Eles estavam restritos basicamente aos internautas interessados em usar aqueles espaços para falar de suas vidas. Mas, com a expansão de acesso à banda larga em todas as partes do mundo, os blogs tornaram-se mais um meio de notícia e espaço para a discussão de todo ou qualquer tema.
Tim O´Reilly, considerado um dos autores que mais publicam livros sobre computação do mundo e criador do termo “Web 2.0” para designar a Internet interativa, considera que blogs são a evolução das antigas páginas pessoais.
Os interessados em uma análise mais profunda do assunto encontram uma infinidade de livros sobre o tema. Dan Burstein e David Kline são autores do livro “Blog! – Como a nova revolução da mídia está mudando a política, os negócios e a cultura” (sem tradução para o português), baseado em coletânea de textos, entrevistas, comentários relacionados ao assunto.
No mercado editorial nacional, é possível encontrar o título “Blog – entenda a revolução que vai mudar o seu mundo”, de Hugh Hewitt, que considera a blogosfera, ou conjunto de todos os blogs do mundo, um fenônemo repentino que está alterando os hábitos das pessoas no acesso à informação. Teses acadêmicas que exploram o assunto são inúmeras, principalmente na área de Comunicação Social e linguagem.
Passatempo que vira notícia
Depois que os blogs firmaram-se como mais uma fonte de informação, eles tornaram-se trabalho constante para muitos profissionais que antes sequer tinham intimidade com a Web. Em evento sobre tendências da mídia na Internet em junho de 2007, Ricardo Noblat disse que sequer conhecia o que era um blog. Jornalista experiente com trânsito entre políticos de Brasília, Noblat falou que só iniciou um blog porque fizeram um para ele. Na época, ele não tinha a menor idéia de como atualizar a página com novos textos. Hoje, o blog do jornalista é o mais acessado no País, segundo pesquisa do Technorati.
Porém, fazer jornalismo em blogs não significa dizer o que bem entende, sem responsabilidade alguma. A maioria dos portais de notícias do mundo mantêm uma seção de blogs, preenchida com os nomes mais importantes de sua redação. A diferença do trabalho exercido nesses casos é a liberdade no trato do assunto, da linguagem empregada, dos recursos audiovisuais e do espaço de postagem praticamente ilimitado.
O jornalista Rui Maciel, que escreve para o blog de tendências e novidades em tecnologia TechGuru (http://www.techguru.com.br/), diz que quando se tem uma página como profissão, “o segredo, como em qualquer outro veículo jornalístico, é trazer a informação correta, sempre que possível em primeira mão, ser claro e objetivo”.
Antes de escrever para blog, Maciel trabalhou em vendas e também na área de tecnologia. Depois que se formou em Jornalismo, escreveu sobre cultura e variedades até começar cobrir o setor de Tecnologia da Informação. Hoje, atualizar a página e “pensar” o TechGuru é a sua principal atividade profissional.
Ele ressalta os recursos multimídia que um blog oferece. “A principal vantagem é a possibilidade de o blog não contar com um formato quadrado, em que a notícia tem de sair sob um determinado padrão, tanto visual quanto escrito. Você pode mudar o formato do conteúdo. Há posts que privilegiam a imagem, outros que dão preferência ao texto e outros que focam o vídeo”.
Cada vez mais sério
Em 2006, autoridades do Sudão expulsaram três membros da ONU (Organização das Nações Unidas) que estavam em missão oficial ao país porque um deles criticou o governo local e grupos rebeldes em seu seu blog. Jan Pronk era o principal comandante da missão em cargo e recebeu um prazo de três dia para deixar o país.
Já no Ocidente rico e desenvolvido, um dos economistas de mais alto cargo do FMI (Fundo Monetário Internacional) - Simon Johnson, responsável pelo departamento de pesquisas - acaba de lançar um blog em que pretende escrever sobre economia global, principalmente para pessoas que "não estão presentes em coletivas de imprensa".
O lançamento da página virtual surgiu para aproveitar um acontecimento do ciclo de conferências do FMI e do Banco Mundial em Washington. Johnson pretende usar o espaço para receber perguntas e comentários sobre o evento. Ele deixa evidente que jornalistas são bem-vindos, mas o foco principal do blog é conversar diretamente com pessoas que estão no dia-a-dia das reuniões. Johnson não exclui a possibilidade de postar sobre as outras atividades do FMI. Os comentários enviados pelos leitores são selecionados antes da publicação.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Vídeo sobre o livro Admirável Mundo Novo
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Após quase 30 anos, Vila Sésamo volta ao Brasil
TV Cultura investe R$ 2 milhões na produção de 78 episódios da primeira temporada da série, que estréia nesta segunda-feira
Eliane Pereira - 23/10
Estréia nesta segunda-feira, 29, em dois horários (8h30 e 14h), a nova versão nacional do programa infantil Vila Sésamo. A atração volta à televisão brasileira 29 anos após sair do ar (em 1978), pelas mãos da mesma TV Cultura que a trouxe para cá no início dos anos 70. Diferente da primeira versão, a atual não terá personagens humanos, apenas bonecos, sendo que um deles - a personagem Bel - foi criado especialmente para o Brasil. Ela vai contracenar com Garibaldo, o pássaro gigante já conhecido do público.
Mantenedora da TV Cultura, a Fundação Padre Anchieta está investindo R$ 2 milhões no projeto, segundo seu presidente, Paulo Markun. Parte desse investimento deverá ser coberta por patrocínios ou apoio institucional. As negociações nesse sentido ainda estão no início, revela o diretor de marketing da emissora, Cícero Feltrin.
Alimentos e bebidas pouco saudáveis, por exemplo, estão fora da questão. Mas essa política é flexível e pode se adaptar à cultura de cada país, conforme explica David Diesendruck, da Redibra. Para este final de ano, apenas livros, DVDs e o boneco Elmo TMX (lançado no Dia das Crianças pela Mattel) estarão disponíveis. A linha de material escolar só está prevista para o final do ano que vem.
As brincadeiras e confusões de Bel e Garibaldo conduzem a parte do programa feita pela TV Cultura (13 minutos, de um total de 45 de duração de cada episódio). Essa primeira temporada é composta por 78 episódios, cuja gravação está prevista para se encerrar no final de novembro. A produção inclui ainda mini-documentários gravados com crianças de várias regiões do País e clipes musicais.
Outra parte do conteúdo é fornecido pela Sesame Workshop, entidade sem fins lucrativos que nasceu há 38 anos, nos Estados Unidos, com a proposta de usar a televisão como ferramenta para ajudar as crianças em idade pré-escolar a se preparar para a alfabetização.
Atualmente o programa é exibido em 120 países e cada um tem sua própria versão. "Pode-se dizer que Sesame Street é a maior vila do mundo", brinca David Victor, vice-presidente da Sesame Workshop, que veio ao Brasil para o lançamento.
domingo, 21 de outubro de 2007
'Voz do Brasil' será tema de audiência pública
Flexibilização da transmissão será discutida em reunião da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado
18/10
A flexibilização do horário de transmissão do programa 'Voz do Brasil' será tema de reunião da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado na próxima quarta-feira, 24. Foram convidados a participarem do debate o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, o consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Marcelo de Souza Hobaika, o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Pimentel Slavieiro o diretor-executivo da Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra), Flávio Lara Resende e o diretor da Secretaria Especial de Comunicação Social da Câmara dos Deputados, William França.
O senador Wellington Salgado, do PMDB mineiro, requereu o debate por acreditar que veiculação obrigatória do programa vem sofrendo, nos últimos tempos, uma série de questionamentos judiciais por emissoras de rádio. Ele ainda lembra que o Senado analisa atualmente algumas proposições sobre o tema, que buscam alterar o horário de transmissão do programa.
No requerimento, Wellington Salgado lembra que o programa Voz do Brasil teve sua origem legal com a edição, pelo então presidente Getúlio Vargas, do Decreto 21.111, de 1932. As informações são da Agência Senado.
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Humanos se casarão com robôs em breve, diz pesquisador
Qual das duas moças é o robô?
Fonte: Redação Terra
Ainda neste século, humanos poderão se casar com robôs. E consumar o casamento. A tese é defendida pelo britânico David Levy, pesquisador em inteligência artificial na Universidade de Maastrich, na Holanda, que terminou recentemente seu Ph.D sobre as relações entre humanos e robôs. Em seu trabalho, intitulado Intimate Relationships with Artificial Partners (Relações íntimas com parceiros artificiais), Levy argumenta que os robôs serão tão humanos na aparência, nas funções e na personalidade, que muitas pessoas vão se apaixonar, fazer sexo e até mesmo se casar com eles. "Pode soar meio estranho, mas não é. Amor e sexo com robôs são inevitáveis", disse ele ao site LifeScience.
No ano passado, o fundador da European Robotics Research Network, Henrik Christensen, previu que as pessoas estariam fazendo sexo com robôs dentro de cinco anos. Levy considera a estimativa "bem provável", pois já existem bonecas sexuais bastante realistas à venda, e trata-se apenas de acrescentar alguns comandos eletrônicos a elas para dar-lhes mais vibração, ou alguma capacidade de resposta. "É muito primitivo em termos de robótica, mas a tecnologia já está disponível", disse.
O pesquisador também disse que há uma tendência de os robôs terem uma aparência mais "humana", além de um contato cada vez mais próximo com as pessoas. Um exemplo é a andróide Repliee 2, apresentada em outubro do ano passado no Japão. À primeira vista, não se distingue, (na foto acima, à direita), quem é a robô e quem é a estudante.
"Primeiro os robôs eram usados impessoalmente, em fábricas onde ajudavam a construir automóveis, por exemplo. Depois foram para os escritórios entregar correspondência e agora guiam visitantes por museus, entraram nas casas para limpá-las, como o Roomba. Hoje você tem brinquedos robóticos, como o cão Aybo da Sony ou pets de estimação como os Tamagotchi", exemplificou.
Blade Runner real
O site lembra que a idéia de relações entre humanos e suas criações, artísticas ou mecânicas remonta à antiguidade, citando o mito grego de Pigmaleão, que se apaixonou por Galatea, estátua esculpida por ele e dotada de vida pela deusa do amor, Vênus.
Nos tempos modernos, além da ficção científica abordar o tema, há cerca de 40 anos cientistas perceberam que alguns estudantes ficavam muito atraídos pelo Eliza, um software criado para responder perguntas e que imitava um psicoterapeuta. No cinema, são inúmeras as criações - como Blade Runner ou, mais recentemente, A.I., a mostrar a interação entre humanos e andróides.
Amor programável
Levy também cita que psicólogos identificaram aproximadamente uma dúzia de razões básicas para as pessoas se apaixonarem. E quase todas elas poderiam ser aplicadas às relações entre humanos e robôs. "Por exemplo: uma das coisas que predispõe as pessoas a se apaixonarem é a similaridade de personalidade e nível de conhecimento, e tudo isso é programável".
Enfim, amor e sexo com robôs pode, à primeira vista, parecer algo muito "geek". "Mas assim que uma reportagem do tipo 'fiz sexo com um robô e foi ótimo' apareça em algum lugar como a revista Cosmo, por exemplo, acho que muitas pessoas vão querer entrar na onda", disse Levy. Para o pesquisador, não se trata mais de perguntar "se" isso vai acontecer, mas sim "quando".
A reportagem original do site LifeScience pode ser lida (em inglês) pelo atalho http://tinyurl.com/247lpm.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Agente penitenciário tenta suicídio em sessão de Tropa de Elite no Shopping Tacaruna
Fonte: blog do Jamildo
O agente penitenciário Ivson Correia de Oliveira Santos, de 39 anos, teria tentado suicídio com um tiro no abdome ao final de uma sessão do filme e Tropa de elite, no cinema Multiplex Tacaruna, no Recife.
Ivson foi socorrido pelo Serviço Móvel de Urgência (Samu) agora há pouco e levado para o Hospital da Restauração, de acordo com a assessoria de imprensa do centro de compras.
A sessão começou às 17h15, na sala 6, que estava lotada. O tiro foi ouvido segundos depois da última cena do filme (que na verdade é um estampido de tiro).
Um estudante que estava na sessão disse que o homem estava sentado no fundo da sala e trajava camisa, bermuda e tênis. Segundo essa testemunha, funcionários do shopping carregaram Ivson para fora da sala, onde ele ficou aguardando socorro.
Depois de Tropa de Elite, jovens abandonaram maconha, diz roteirista do filme
Rodrigo Pimentel, o roteirista do filme Tropa de Elite, que veio ao Estado a convite do site PE Body Count, revelou, nesta tarde, em entrevista no Sindicato dos Médicos, que vários estudantes, em debates nas universidades do Rio de Janeiro, já avisaram que deixaram de fumar maconha depois que assistiram ao filme.
“Eles compram lá na favela porque não podem comprar em outro lugar”, observou, em fazer a defesa da discriminalização das drogas. Pimentel também disse que nunca usou maconha ou outras drogas.
Na entrevista, também fez uma mea culpa em relação aos estudantes universitários. No filme, estudantes da elite carioca usam e fazem tráfico de drogas, usando uma ONG como pano de fundo.
“Depois que o filme ficou pronto, achei que coloquei nos ombros dos estudantes a culpa, mas não é verdade. Há a polícia corrupta. Há os políticos corruptos, toda uma sociedade. Fiz o mesmo que os secretários de segurança pública do Rio de Janeiro fizeram nos últimos 20 anos”, observou.
Apesar de defender os dependentes ou usuários eventuais, Pimentel faz um chamamento aos usuários em geral de drogas. “As pessoas precisam pensar em que país elas querem viver. Eu, comprando maconha, estou colaborando com o pais?”, questionou. “A maconha é o primeiro produto do narco-varejo”, diz.
Atualmente, o Rio de Janeiro é tão dependente da venda de drogas que o ex-capitão do Bope frisa que, na cidade maravilhosa, não há assaltos a banco, nem sequestro, nem roubo de cargas. “Se a indústria das drogas acabar, o Rio de Janeiro vai desmantelar-se”, declarou.
“Vocês não tem idéia. Os donos dos morros já expandiram os negócios e sobrevivem da oferta de net (TV por cabo pirata), vans e venda de botijão de gás com ágio”, diz.
Mais, daqui a pouco.
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Saiba o que as crianças acessam na internet
Por Cinthia Toledo
São Paulo, 10 (AE) - Além de estarem em maior número na rede, as crianças também passam mais tempo na frente do PC. Em agosto de 2005, os internautas com idade entre 6 e 11 anos passaram 14 horas e 6 minutos na web. No mesmo mês deste ano, o número pulou para 19 horas e 28 minutos, de acordo com dados do Ibope/NetRatings.
Ainda é um tempo muito inferior ao dos adolescentes (47 horas e 6 minutos mensais), mas representa um aumento considerável: 44%. E esse crescimento, ao contrário do que muita gente pensa, não foi "roubado" da televisão. O tempo que os pequenos entre 4 e 11 anos de idade passam na frente da TV inclusive teve um leve aumento entre 2001 e 2006, ainda de acordo com o Ibope. Mas o que será que esses pequeninos ficam fazendo na web?
Depende. O Ibope acredita que quando estão acompanhados de suas mães, eles acessam sites de joguinhos. Mas quando estão sozinhos, acessam praticamente os mesmos serviços que os adolescentes, ou seja, sites de relacionamento, programas de mensagens instantâneas e sites de vídeo e de música. "Os endereços infantis aparecem como os mais acessados por mulheres com idade para ser mãe. Certamente estão acompanhadas de seus filhos", explica José Calazans, analista de mídia do Ibope.
Quando se analisa crianças de 10 a 13 anos, por exemplo, o site mais acessado é um de pesquisa de imagens, seguido por um de enciclopédia online. Sites de downloads e de vídeos também estão no topo da lista. O Ibope não permite a divulgação dos nomes desses sites.
Com um universo um pouco mais diversificado, com crianças de 2 a 13 anos, os sites de jogos alcançam as primeiras posições, mas, de acordo com o Ibope, são jogos com um perfil mais de adolescente. Agora, quando você pergunta para as crianças o que elas mais acessam na web, a resposta é praticamente unânime: sites de jogos. A explicação do Ibope é de que esses sites de joguinhos, ainda que populares, são ofuscados pelos gigantes que povoam o mundo dos adolescentes.
Os endereços citados pelas crianças são variados, mas destacam-se www.miniclip.com, www.nick.com.br e www.cartoonnetwork.com.br. Para cada site, eles têm uma boa justificativa para acessar. A frase de Francisco Lima, de 8 anos, resume bem o motivo de tanto fascínio: "Tem quase um milhão de joguinhos!"
Outro fenômeno entre as crianças é o site americano Club Penguin. É uma espécie de Second Life, mas voltado para crianças. Cada uma escolhe um pingüim que será o seu avatar (personagem). É possível conversar com os demais usuários. Valentina Faria, de 9 anos, é fã do site. "É um mundo e você é o pingüim. Lá, eu já surfei e fiz aula de snowboarding", conta.
O site é programado para que não haja maiores problemas no universo infantil. Já na inscrição, a criança é instruída a respeitar os outros pingüins e a não revelar informações pessoais, nem mesmo dar seu nome verdadeiro ao pingüim. É possível colocar apetrechos no boneco, ou até mesmo decorar o iglu. Mas para isso tem de pagar e, diferentemente do Second Life, não é possível comprar o dinheiro. O game distribui moedas por meio de jogos. Os preços variam entre US$ 5,95 por mês ou US$ 57,95 por doze meses.
Valentina chega a combinar com as amigas da escola de se encontrar no Club Penguin. "Quando eu vejo, elas estão no telefone e no computador, já marcando o encontro", diz Marcella Faria, mãe de Valentina, que ainda tem duas irmãs mais novas que também jogam o game. "Uma vez ela ficou brava porque a irmã menor, que não sabe ler, comprou uma cesta de basquete para o pingüim dela", conta a mãe. Apesar do sucesso entre as meninas, segundo o Ibope, cerca de dois terços do público do game é do sexo masculino.
Entre as outras atividades que os pequenos fazem na web destacam-se as pesquisas escolares. Cerca de 90% dos internautas entre 10 e 13 anos já acessou um site de busca, de acordo com o Ibope. Aqueles um pouco mais velhos contam ainda que fazem o download de músicas e usam o Orkut e o MSN.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Hector Babenco opta pela poesia em novo filme
"Eu já estou cansado de querer descobrir um pouco em meu cinema a verdadeira identidade das pessoas que realmente padecem com a injustiça social, agora estou muito mais interessado (...) em ser um pouco mais poético, um pouco mais leve, mais próximo do meu sentir do que do meu pensar", apontou o diretor em uma entrevista coletiva.
"Estou um pouco mais preocupado em me tornar um ser menos pretensioso", enfatizou o diretor de "O Beijo da Mulher Aranha" e "Carandiru".
Babenco lembrou que sua geração "ia buscar a resposta nos livros", e agora, com o poder da televisão, afirmou não saber se há perguntas.
"Vivemos a velocidade sem sentido, não interessa à maioria fazer perguntas básicas da existência: Quem sou? De onde venho? Deus existe?".
O filme "O Passado", que estreou nesta terça-feira na Cinemateca Nacional da Cidade do México, narra a separação de um jovem casal e as dificuldades que os dois enfrentam quando tentam refazer suas vidas.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Bispo Macedo ataca Globo e revela sucessor
O bispo também usa o livro para apontar publicamente -pela primeira vez- quem será seu herdeiro espiritual, o nome de seu sucessor em caso de morte.
"Doze anos depois de ter sido preso na rua, levado para a cela de uma delegacia e ter sido execrado nos noticiários dos jornais, do rádio e da televisão, resolvi contar minha versão dos fatos", declara Macedo em entrevista exclusiva.
O bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal, na estréia da Record News
O livro contém vários ataques diretos à Globo, que é acusada de ser manipuladora, desonesta e até imoral no trato das notícias, especialmente as que colocaram a ele e sua igreja no centro de escândalos.
Fica claro que o bispo não perdoou e jamais perdoará a Globo pela forma com que cobriu sua prisão, sob acusação de charlatanismo e curandeirismo, em maio de 1992, e pela exibição da minissérie "Decadência" (95), de Dias Gomes, que retratava um pastor evangélico desonesto.
A minissérie, aprovada pelo próprio Roberto Marinho à época, foi posteriormente considerada um tiro no pé na emissora. Revoltou a todos os evangélicos, e não só a Universal.
O rancor com a Globo pode ser mensurado nas 273 páginas da obra escrita por Douglas Tavolaro, diretor de Jornalismo da Record, com reportagem de Cristina Lemos. O nome da "inimiga" Globo ou o de Roberto Marinho são citados 50 vezes. Já o SBT -emissora empatada na vice-liderança do ibope com a Record, com seis pontos- é citado apenas duas.
Aliás, também sobram farpas para Silvio Santos. O biografado se gaba de tê-lo ludibriado nas negociações para a compra da Record. Usou um "laranja" na compra, Laprovita Vieira, até a hora de assinar o cheque.
Quando viu a manobra, o dono do SBT não podia mais voltar atrás, pois um sinal de US$ 7 milhões já fora dado.
"Dar a outra face" não faz parte de seus ensinamentos. Ele mapeia e combate inimigos.
Confiante ao exagero, acha que as revelações em sua biografia, com tiragem de 700 mil exemplares, podem mudar o Brasil. Suas críticas vão para a imprensa e para o Judiciário. "Os interesses por trás das manchetes e das decisões descabidas da Justiça; a manipulação da verdade motivada por interesses comerciais e religiosos... Isso precisa mudar."
Procuradas por telefone durante todo o dia de ontem, as assessorias da Globo e do SBT não foram localizadas.
domingo, 7 de outubro de 2007
Internauta é condenada por compartilhar músicas
Esse foi o primeiro caso de 20 mil processos de compartilhamento ilegal de arquivos que foram levados à Justiça americana pela RIAA que chegou realmente a julgamento. "Isso é o que pode acontecer se você não se acertar. Acho que enviamos uma mensagem de que estamos dispostos a ir a julgamento", disse o advogado da RIAA, Richard Gabriel.
Os processos da RIAA contra o compartilhamento de arquivos virou moda. Em 2003 a pequena Brianna LaHara, de 12 anos que vive em Nova York com a mãe e um irmão de nove anos apareceu na lista das 261 pessoas processadas pela RIAA. A mãe da menina concordou em pagar US$ 2.000 para encerrar caso.
Em 2005, a RIAA acusou uma pessoa inocente em sua busca contra usuários de programas P2P (sistema em que o internauta baixa arquivos e ao mesmo tempo compartilha). A senhora Gertrude Walton, de 77 anos, foi acusada de compartilhar mais de 700 músicas de rap, rock e pop sob o apelido "smittenedkitten".
Mas, a RIAA não sabia é que a senhora Walton faleceu no mês de Dezembro. Sua filha, Robin Chianumba, viveu com a mãe durante os últimos 17 anos e disse que não tinha nem computador em casa, a pedido de Gertrude.
A internet é uma mídia em constante movimento e o governo e indústrias fonográficas não sabem como lidar com esse novo processo. A questão em debate está no fato de, por que punir um intenauta que baixa músicas para o seu arquivo pessoal e não para comercializar? Como fazer uma lei que para esse tipo de processo? Quem comercializa?
É uma discussão para longos anos.
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Nem o gerúndio escapa
Expressões como "vou estar ligando”, “vou estar verificando”, "eu vou estar transferindo o senhor" ou "nós vamos estar providenciando" estão com os dias contados, pelo menos no Distrito Federal. O governador do DF José Roberto Arruda “demitiiu” o gerúndio. Isso mesmo, ele decretou que funcionários dos órgãos do governo e repartições públicas não podem mais utilizar dessa forma nominal pois ela está associada a ineficiência.
Íntegra do decreto:
Decreto nº 28.314, de 28 de setembro de 2007.
Demite o gerúndio do Distrito Federal, e dá outras providências.
O governador do Distrito Federal, no uso das atribuições que lhe confere o
artigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:
Art. 1° - Fica demitido o Gerúndio de todos os órgãos do Governo do Distrito
Federal.
Art. 2° - Fica proibido a partir desta data o uso do gerúndio para desculpa
de INEFICIÊNCIA.
Art. 3° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 28 de setembro de 2007.
119º da República e 48º de Brasília
JOSÉ ROBERTO ARRUDA"
Esse tempo verbal, que indica uma ação em curso, é bem comum na língua inglesa. No Brasil é utilizado com freqüência no serviço público e nos serviços de telemarketig. Inúmeras comunidades no site de relacionamento Orkut contam com adeptos contra o gerúndio como por exemplo a comunidade “Vou estar odiando o gerundismo” que conta com quase cinco mil membros.
Acompanhe o texto do publicitário e cronista Ricardo Freire sobre o que causa nas pessoas o excesso do gerundismo.
"Manifesto Gerundista"
"Este artigo foi feito especialmente para que você possa estar recortando, estar imprimindo e estar fazendo diversas cópias, para estar deixando discretamente sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando sem estar espalhando essa praga terrível da comunicação moderna, o gerundismo.
Você pode também estar passando por fax, estar mandando pelo correio ou estar enviando pela Internet. O importante é estar garantindo que a pessoa em questão vá estar recebendo esta mensagem, de modo que ela possa estar lendo e, quem sabe, consiga até mesmo estar se dando conta da maneira como tudo o que ela costuma estar falando deve estar soando nos ouvidos de quem precisa estar escutando.
Sinta-se livre para estar fazendo tantas cópias quantas você vá estar achando necessárias, de modo a estar atingindo o maior número de pessoas infectadas por esta epidemia de transmissão oral.
Mais do que estar repreendendo ou estar caçoando, o objetivo deste movimento é estar fazendo com que esteja caindo a ficha das pessoas que costumam estar falando desse jeito sem estar percebendo.
Nós temos que estar nos unindo para estar mostrando a nossos interlocutores que, sim! Pode estar existindo uma maneira de estar aprendendo a estar parando de estar falando desse jeito.
Até porque, caso contrário, todos nós vamos estar sendo obrigados a estar emigrando para algum lugar onde não vão estar nos obrigando a estar ouvindo frases assim o dia inteirinho.
Sinceramente: nossa paciência está estando a ponto de estar estourando. O próximo 'Eu vou estar transferindo a sua ligação' que eu vá estar ouvindo pode estar provocando alguma reação violenta da minha parte. Eu não vou estar me responsabilizando pelos meus atos.
As pessoas precisam estar entendendo a maneira como esse vício maldito conseguiu estar entrando na linguagem do dia-a-dia.
Tudo começou a estar acontecendo quando alguém precisou estar traduzindo manuais de atendimento por telemarketing. Daí a estar pensando que 'We'll be sending it tomorrow' possa estar tendo o mesmo significado que 'Nós vamos estar mandando isso amanhã' acabou por estar sendo só um passo.
Pouco a pouco a coisa deixou de estar acontecendo apenas no âmbito dos atendentes de telemarketing para estar ganhando os escritórios. Todo mundo passou a estar marcando reuniões, a estar considerando pedidos e a estar retornando ligações.
A gravidade da situação só começou a estar se evidenciando quando o diálogo mais coloquial demonstrou estar sendo invadido inapelavelmente pelo gerundismo.
A primeira pessoa que inventou de estar falando 'Eu vou tá pensando no seu caso' sem querer acabou por estar escancarando uma porta para essa infelicidade lingüística estar se instalando nas ruas e estar entrando em nossas vidas.
Você certamente já deve ter estado estando a estar ouvindo coisas como 'O que cê vai tá fazendo domingo?', ou 'Quando que cê vai tá viajando pra praia?', ou 'Me espera, que eu vou tá te ligando assim que eu chegar em casa'.
Deus. O que a gente pode tá fazendo pra que as pessoas estejam entendendo o que esse negócio pode tá provocando no cérebro das novas gerações?
A única solução vai estar sendo submeter o gerundismo à mesma campanha de desmoralização à qual precisaram estar sendo expostos seus coleguinhas contagiosos, como o 'a nível de', o 'enquanto', o 'pra se ter uma idéia' e outros menos votados.
A nível de linguagem, enquanto pessoa, o que você acha de tá insistindo em tá falando desse jeito?".